Guilherme McPherson foi vítima de
uma explosão aos 17 anos de idade, enquanto trabalhava em uma pedreira. Os
médicos conseguiram salvar-lhe a vida, mas ele ficou sem braços e completamente
cego. Sua grande frustração era não mais poder ler a Bíblia por si mesmo, tendo
sempre que depender da boa vontade de outros. Certa ocasião, Guilherme ouviu o
pastor de sua igreja relatar a experiência de uma idosa senhora entrevada que,
não podendo mais segurar a Bíblia, a beijou, despedindo-se dela. A ideia de
encostar os lábios na Bíblia levou Guilherme a crer que ele mesmo poderia
voltar a ler as Escrituras se tão somente usasse a ponta da sua língua para
aprender o método Braile de leitura para cegos. Durante muito tempo, Guilherme
tocava com a ponta da língua e com os lábios os caracteres em alto relevo de
sua Bíblia em Braile, para aprender a ler. Em muitas ocasiões, as páginas
ficaram manchadas de sangue, pelas feridas provocadas por esse método incomum
de leitura. Mas aos 46 anos de idade ele já havia lido quatro vezes a Bíblia
completa para cegos, composta de 59 volumes grossos. A vida de Guilherme
McPherson revela um amor incondicional às Escrituras Sagradas, que deveria ser
imitado por todos aqueles que estão se preparando para a volta de Cristo.
O mundo em que vivemos se caracteriza
pela globalização das informações, em que o fascínio pelo elemento visual está
suplantando o conhecimento teórico da realidade. Mas, como cristãos adventistas,
não podemos permitir que os recursos da mídia nos distanciem do conhecimento da
Palavra de Deus. Precisamos voltar a ser reconhecidos como o “Povo da Bíblia”. Temos
que enfrentar os dias finais da história humana, alicerçados sobre a Palavra de
Deus (Is 40:8) e com o olhar fixo em Jesus, “o Autor e Consumador da fé” (Hb
12:2).
(Marcos Almeida Souza, diretor do Instituto de Desenvolvimento do
Estudante Colportor [Idec], no Iaene e na Faama)
(Adaptado do texto encontrado neste site aqui)
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