Eleições venezuelanas - Primeiro boletim
Sob
um calor de 34º os venezuelanos acudiram em mais de 70% para votar por
um novo presidente, o que mostra que as pessoas querem uma mudança, que
não agüentam mais a ditadura castro-chavista, a miséria, a fome, a
violência que sofrem há 14 anos.
Este é o primeiro boletim que o Notalatina
apresenta dessas eleições que vão mudar da água para o vinho a situação
na América Latina de um modo geral e do continente sul-americano em
particular. As eleições acabaram há pouco, e enquanto o CNE ainda não
apresenta os primeiros resultados das apurações, informo alguns fatos
que ocorrem durante o dia. Embora houvesse medo de violência por parte
das milícias chavistas, graças a Deus isto não ocorreu, embora houvesse
sim, muita tentativa de intimidação e ameaças de indivíduos motorizados armados que passavam ao lado das longas filas gritando: “Chávez está te olhando, Chávez está te olhando!”.
Denúncias de fraude não podiam faltar. Uma moça denunciou via Twitter: Sou membro de mesa do Colégio Nacional de Zulia e antes de começar o processo, quero denunciar aqui: a máquina tinha 1.700 votos carregados”. De um jornalista de Noticias Caracol, informou-se que “há cédulas de pessoas que hoje teriam 180 anos que estão habilitadas para votar na Venezuela”.
Em dois países do outro lado do mundo já se sabe o resultado das votações: no Japão, Capriles teve 276 votos, enquanto Chávez obteve apenas 32. E na Austrália, Capriles teve 992 votos enquanto Chávez teve 0.
As quatro pesquisas independentes contratadas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos dão a Capriles mais de UM MILHÃO DE VOTOS ACIMA de Chávez. A Fundação Interamericana pela Democracia dá a Henrique Capriles uma vantagem, em nível nacional, de 1 milhão e 300 mil votos sobre Chávez. Vale salientar que esta fundação acertou TODAS
as pesquisas realizadas naqueles países onde se respeita a vontade do
eleitor, desde o México até a Argentina. A consultora Varianza estima
uma vitória de Capriles em torno de 51,3% contra 48,06 de Chávez.
Outra
informação dá conta de que Chávez fechou a fronteira com a Venezuela a
partir das 4:30 da manhã, o que impediria que eleitores venezuelanos que
moram em cidades limítrofes a votar, porque, segundo se informou, são
pessoas que tiveram que deixar seu país por perseguição do regime e,
evidentemente, não iam votar em Chávez.
No
exterior estão habilitados a votar 110.495 venezuelanos residentes em
88 países. Desses, 36.915 registrados nos Estados Unidos que deveriam
votar nos 8 consulados habilitados. O maior problema ocorreu com o
consulado de New Orleans, que recebe os votantes deste estado e os que
votavam em Miami, uma vez que este consulado foi fechado por exigência
dos Estados Unidos após um escândalo com a consulesa, que foi expulsa do
país. Estou acompanhando ao vivo, de modo que muitas coisas que assisto
apenas posso reportar. Um rapaz se queixava de que vieram 3 ônibus de
New Orleans, que levaram 18 horas de viagem e quando chegaram não os
quiseram deixar entrar. Eram, seguramente, maioria de eleitores de
Capriles.
Depois de votarem, Capriles e Chávez fizeram declarações mais ou menos no mesmo tom. Capriles disse que “a primeira pessoa a quem chamarei após conhecer os resultados é Chávez”, e Chávez disse “serei um dos primeiros a reconhecer os resultados”.
Faço questão de publicar o vídeo com esta declaração porque recordo que
estas foram as mesmas palavras que ele disse com relação ao referendo
para decidir a reforma constitucional, e que ao ver-se fragorosamente
derrotado, ficou furioso e não aceitou, levando o CNE a fraudar os
resultados deixando uma margem muito pequena, de modo que a perda não
fosse tão vergonhosa. Diante do resultado, Chávez disse: “Esta foi uma vitória de merda!”.
Vejam
a declaração dele no vídeo abaixo que faço questão de deixar
registrado. A apuração começou mas ainda não temos resultados. Eu sempre
afirmei que Capriles não é o candidato ideal, mas é o que de melhor que
se apresenta no momento para derrotar Chávez e sua nefasta ditadura
comandada desde Cuba, pela mão de ferro dos ditadores Castro. Por isso
torço por ele. E torço para que não haja nenhum ato de terrorismo,
conforme prometem seus fiéis aliados do Bairro 23 de Janeiro. Esse é o
primeiro boletim mas o Notalatina está atento e vai seguir informando até o resultado final.
Fiquem com Deus e até a próxima!
Comentários: G. Salgueiro
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